A ergonomia é um estudo da relação entre o homem e a máquina, que busca conservar a saúde e o bem-estar humano durante a execução de suas atividades. Quando aplicada ao ambiente profissional, ela contribui para a adaptação dos trabalhadores às condições de suas funções, eliminando ou minimizando os riscos ergonômicos e para a otimização da eficiência da empresa.
Apesar de muito benéfica, essa ferramenta ainda é pouco difundida e, quando não observada, pode trazer riscos ergonômicos que atrapalham o andamento do trabalho. Continue a leitura para entender mais sobre os riscos mais comuns e como evitá-los.
Definição de risco ergonômico
É chamado de risco ergonômico todo fator dentro do ambiente laboral, que de alguma maneira afete negativamente a saúde ou cause desconforto para o trabalhador. Manifestando-se de várias formas, eles podem causar tanto prejuízos físicos como também mentais ou psicológicos.
Principais exemplos e maneiras de evitar
A seguir, listaremos os riscos ergonômicos mais comuns no ambiente de trabalho.
Levantamento de peso
Durante o levantamento, o transporte, o armazenamento e o depósito de cargas, é possível que ocorram esforços que podem causar danos na coluna, podendo chegar a ser irreversíveis. Isso tem diversas causas, porque o próprio peso do objeto exerce pressão nas vértebras da coluna. Girar o tronco com a carga levantada ou depositá-la curvando as costas também representa um perigo ao colaborador.
Por isso o trabalhador da sua empresa deve ser orientado a tomar alguns cuidados nessas tarefas e utilizar os EPIs adequados. É importante que as pernas se dobrem e que as costas permaneçam retas ao abaixar. Para ser carregado, o objeto deve estar o mais próximo possível do corpo, evitando uma pressão desnecessária. Em hipótese nenhuma deve-se transportar algo levantando acima da cabeça.
Postura durante as tarefas
Uma postura inadequada no trabalho ao longo dos dias pode gerar lesões em quem o executa. Assim, é preciso que o mobiliário seja adequado ao tipo de atividade.
Em escritórios ou outros serviços que sejam realizados sentados, a cadeira deve fornecer suporte à coluna e a sua altura em relação ao chão deve ser adaptada para que os pés fiquem apoiados corretamente. Já para funções desempenhadas em pé — como a de vendas —, ter balcões que tenham uma altura confortável para o trabalhador evita a má postura.
Repetitividade
Além de causar fadiga física e mental, a repetitividade de movimentos durante a atividade laboral pode trazer problemas mais graves ao seu colaborador, como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Para evitar essas lesões é importante a manutenção de pausas periódicas, alongamentos, além do respeito ao limite de cada indivíduo.
Intensidade no ritmo de trabalho e extensão da jornada
Quando a demanda de trabalho tem um aumento inesperado, é comum que o cumprimento de prazos acirrados e de hora extra sejam necessários. Nessas situações a pressão por atingir metas coloca o profissional sob um grande estresse que, em acúmulo, acarreta doenças psicossomáticas, como ansiedade e depressão, além de outras patologias como hipertensão, gastrite e até mesmo diabetes.
Sendo assim, é mais interessante que a empresa adeque os prazos à capacidade normal dos funcionários, garantindo que todo trabalho seja feito com qualidade e diminuindo o absenteísmo. Em casos de aumento de atividade sazonal, como ocorre com o comércio em datas comemorativas, uma boa opção é contratar mão de obra temporária.
Agora você já conhece quais são os principais riscos ergonômicos que podem surgir na sua empresa e quais medidas tomar para evitá-los. Lembre-se de que a sua produtividade e a qualidade dos seus serviços dependem da saúde e do bem-estar dos seus funcionários!